"" ➡ Redação do Enem 【Anis Zahirah】: ➡ O argumento contra o homem na Redação do Enem

➡ O argumento contra o homem na Redação do Enem

Assim como há fontes que servem como sustentação de uma determinada conclusão, fundamentando-a com sua autoridade, também se pode demonstrar a falsidade de uma conclusão exatamente porque determinada fonte a afirma. Para isso, é necessário que se trate uma fonte que tenha reconhecidamente acumulado erros e equívocos quanto ao tema em debate.

Por exemplo: podemos invocar posições nazifascistas para invalidar determinadas posições sobre liberdade, democracia, humanismo etc.


Como perder o medo de escrever uma redação

Para se usar o argumento contra o homem é necessário que a pessoa ou entidade invocada seja reconhecidamente equivocada no assunto em questão, quer dizer, deve se tratar de uma espécie de anti-autoridade; de uma autoridade no que não se deve fazer...

Esse argumento, assim como o argumento de autoridade, é formulado muitas vezes de modo não válido, a partir da transferência indevida de campos etc Precisamos, portanto, ser criteriosos em sua utilização.

Leitura de um exemplo de argumento contra o homem

O ex-presidente, Femando Collor, resgatou o modelo do político hipérbólico, exacerbando-o: tudo nelle e delle e por elle era grandioso e fantástico. O melhor uísque, as melhores gravatas, as mais caras festas e viagens, o dedo em riste na cara dos adversários, palavrões, gestos obscenos, grosserias públicas dirigidas à mulher etc. Venceu a barreira do som em avião supersônico, exibiu músculos em vários esportes, elaborou planos mirabolantes para tirar o país do buraco subdesenvolvido. O resto é História, todos já sabem: deu no que deu.
Se é verdade que a História ensina, cabe aos futuros políticos a lição de que o exercício da presidência de um país transcende a volúpia de egos inflados.

(prof. Cacá Moreira de Sousa - mímeo)

Comentários

Neste parágrafo, a trajetória de Fernando Collor na presidência do país é resgatada com forte expressividade estilística e capacidade crítica, para induzir o leitor a utilizá-lo como fato-exemplo daquilo que se coloca implicitamente como ponto de vista no primeiro parágrafo e se explicita, por meio de raciocínio condicional, no segundo: o exercício da presidência de um país transcende a volúpia de egos inflados.